janeiro 2014 | Blog do Joanir -->

Queimei o arroz, o que fazer?

sexta-feira, 31 de janeiro de 2014
Dona Benta ou a dona Genoveva provavelmente teria a resposta para esse problema, mas como eu não conheço nenhuma das duas donas, procurei uma solução na internet. Fazia tempo que eu não cozinhava arroz. Na última vez, final do ano de 2012, o arroz ficou parecendo uma papa, não tinha condições de comer. De aí por diante, só tive coragem (e fome) pra cozinhar novamente ontem.
Preparei-o da forma tradicional mesmo, sem frescura nem nada disso. A única coisa que não ficou tradicional foi que ele queimou e subiu aquele cheiro bom de "arroz queimado, pra longe de mim" (desculpa, não resisti).
Então procurei na internet o que fazer para diminuir o cheiro e o gosto de queimado e me espantei com o que achei, pois nos blogs e páginas que abri, me indicavam fazer coisas que pareciam mais um ritual de macumbaria, só faltava eles dizerem para dar três voltas em sentido horário e uma cambalhota dupla (que é o mesmo que duas cambalhotas únicas).
Das dicas que eu achei mais normais (e aceitáveis) foram as de pôr uma cebola partida ao meio entre o arroz e pôr fatias de pão. A explicação era que esses alimentos absorveriam o cheiro de queimado. Escolhi a vítima - a fatia de pão que estava na mesa - e deixei uma meia hora dentro da panela. O cheiro de queimado saiu quase todo, mas não sei se foi por causa do pão, ou por causa do tempo, além de eu ter aberto todas as janelas e portas da casa.
Das dicas que eu achei estranhas, foram as seguintes. A primeira falava para que eu molhasse uma toalha e a pusesse em cima da pia, em seguida, tirasse a tampa da panela e a pusesse em cima da toalha. A segunda me pareceu mais estranha ainda. Pedia para que eu tirasse um punhado de arroz cozido da panela e colocasse em cima da pia, depois pegasse a panela, colocasse em cima deste arroz, fechasse os olhos e cantasse Someone like you, da Adele.
Resultado final: minha família, naquela noite, comeu o melhor arroz de todos os tempos. Nem um pouco convencido eu, né?!
Imagem: http://www.desfavor.com
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A mulher que não falava - capítulo quatro

quinta-feira, 30 de janeiro de 2014
A mulher que não falava

Pedro finalmente chegou à cidade destino. Era uma metrópole bem grande, muito maior do que ele imaginava. Se sentiu como uma pequena formiga no meio de toda àquela gente e realmente era um simples animal, fora de seu habitat natural, tentando sobreviver à novidade e à angústia que lhe consumia a cada passo dado, cada um o levando para mais perto de seu objetivo.
O dono do hotel ao qual tinha reservado quando partiu já o aguardava. Aparentava ter uns quarenta anos, era baixinho e barrigudo. Tinha voz firme e cantava algumas noites no salão de entretenimento. Pedro tinha reservado a melhor suíte do lugar, por isso estava sendo tão bem tratado. Acomodado no quarto 123, ele descansou da viagem tomando um banho. Perdeu a noção do tempo, mas provavelmente passou mais de uma hora na banheira, pensando em muitas coisas.
Após o banho, ligou seu notebook e desceu para o hall de entrada do hotel, onde o dono cantava "Back to you" do Bryan Adams. Pedro prestou atenção na letra da canção e se emocionou ao lembrar do que tinha feito para estar ali naquele momento. Ele não achava que o que tinha feito era um grande pecado, pois fez o que fez por amor. Fazemos loucuras por esse sentimento.
Pedro foi o causador de um apagão na cidade em que morava, o que gerou prejuízos imensuráveis ao lugar. Pessoas que dependiam de aparelhos médicos morreram. Caixas eletrônicos pararam de funcionar, levando as pessoas à loucura. Mas, nada disso importava mais para Pedro, pois já estava no passado. Nesse blecaute, ele conseguiu armazenar toda energia necessária para executar o seu plano.
De certa forma, embora ele não admitisse, ele estava arrependido e sentia muito pelos estragos que fez, mas por causa disso ele estava mais próximo de sua felicidade.
Quando o relógio marcava meia noite, ele acessou o programa que havia criado, e lá apareceu o motivo de toda sua caminhada, a mulher de seus sonhos, criada por ele, pensada por ele, moldada por ele. Essa mulher era virtual, mas tinha sentimentos, tinha emoções e era linda, aos olhos de Pedro.
Imagem: arquivo pessoal
Ela era perfeita para ele, mas havia um problema: ela não falava. De algum modo, Pedro criou um mundo virtual inteiro para ela. Ela era livre para fazer o que quisesse e no início de tudo isso, era feliz, brincava com os animais, corria pelos campos, fazia daquele mundo o mais real possível. Mas à medida que o tempo foi passando, o sorriso parou de percorrer o seu rosto e Pedro se sentiu impotente, pois tudo que produzia não era suficiente para alegrá-la de volta.
Ele perguntava para ela o motivo, mas ela não falava nada, apenas ficava parada em frente à janela da casa, olhando para o horizonte criado por Pedro. Ela queria mais do que Pedro podia lhe oferecer. Ela queria ser real.

Continua...

Amor dos anos 80

quarta-feira, 29 de janeiro de 2014
Eu nem estava vivo nesta época...
- Então pra que está escrevendo.
- Porque eu quero.
- Tá bom, continua então ô...
Pode ser dos anos 90 também, mas 80 fica mais bonito. Assim como muita coisa de antes, acho que o amor também era diferente. Não que hoje não haja mais amores reais, eu ainda acredito que em uma esquina qualquer, tenha alguém que ame de verdade, mas parece ser raridade isso, tanto em homens, como em mulheres. Esse tal de "curtir a vida, pegar todas, não se apegar" pra mim não tá com nada. Estão banalizando as coisas. Como diz a música, isso se a posso chamar assim, "beijo na boca é coisa do passado, agora a moda é, é namorar pelado". E os peladões estão levando a sério essa parada.
Acho que antes, nessa época que não vivi, as pessoas eram mais amorosas e, provavelmente, consideradas mais caretas pela juventude de hoje. De qualquer jeito, todos ficamos caretas quando nos apaixonamos e essas caretices nos levam a fazer algumas cositas.
Por exemplo, o cara dos anos 80 primeiramente descobria as músicas favoritas da menina que ele estava afim. E como ele fazia isso se não existia facebook nem orkut? Simples, usava a criatividade, perguntava pro papagaio, subornava o irmão dela, usava a imaginação. Depois disso, ele esperava tocar a música no rádio e ligava o gravador. Assim, fazia um álbum de músicas favoritas dela com a fita k7 do pai dele, a qual tinha antes as músicas do Teixeirinha. Dando sorte, caso a menina gostasse deste presentinho, ele partia para as cartas, escrevia poemas de amor de Camões, mesmo não entendendo nada, principalmente na parte do "amor é fogo". Era romântico isso. Assim, os dois começavam a namorar, é claro, com a supervisão do irmão dela, mas o suborno rolava solto.
Imagem: http://www.oprimeiroencontro.com.br
Eu não vivi nada disso, mas sinto saudade, justamente por não ter isso na memória. Bom, uma vez minha professora de português da 6ª série trabalhou o gênero carta e pediu para que a gente escrevesse uma carta que ela a enviaria para uma outra turma de outro colégio. Eu escrevi a minha, meio que na brincadeira, para uma garota que a professora tinha sorteado. A menina me respondeu com duas cartas e até mandou uma foto. Naquela época, eu era muito tímido, mal li as cartas com medo e vergonha que meus pais me vissem e depois rasguei. Foi idiotice minha mesmo, mas, como eu disse, eu era muito tímido, e ainda sou um pouco.
Atualmente, as coisas mudaram. Os namoros, grande parte deles, começam e, até mesmo, terminam nas redes sociais. Tudo isso numa velocidade incrível, ultrapassando até o Rubinho. E os jovens precoces terminam um e já chamam o próximo da fila.
É claro que esse post está mais para uma brincadeira, sei que há casos e causos. Mas, pessoal, vamos levar mais a sério os namoros (e tals), pois qualquer tipo de relacionamento envolve outra pessoa, que tem sentimentos, que pensa igual ou diferente de você e que pode realmente estar te amando (e gerundiando).
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1991

sábado, 25 de janeiro de 2014
O ano de 1991 foi um ano muito importante, você sabia? Bom, primeiramente, estou escrevendo sobre esse ano porque este blog acaba de alcançar a marca de 1991 visualizações (fogos de artifícios estão explodindo pelo céu, pelo menos na minha imaginação).
Mas falando do ano em si, por que ele foi importante? Você pode tá  pensando:
- Meu caro escritor (pois não sou barato), neste ano a União Soviética caiu!
- Eu nem sabia disso! - Eu respondo.
- Ah, o papa João Paulo II visita o Brasil pela terceira vez.
- Também não.
- O importante deste ano é que neste ano eu nasci!! Legal né? - Respondo empolgado.
- É só isso??
- É!! Me dá um abraço!
- Não acredito que eu deixei minha rede social de lado para ler isso.
- Não é pra tanto.
- É sim. Perdi um minuto da minha vida lendo isso.
Espero que você que está lendo isso não seja igual o cara aí de cima. Se a gente não achar o ano que nascemos um dos melhores anos do mundo, é porque temos algum problema com nossa existência. É bom estar vivo.
- E quem disse que você está vivo?!
- Ué, eu sei.
- E se o que você sabe não for o que você acha que é.
- Han???
- Deixa pra lá... Você está conversando comigo, mas eu não existo. Se eu não existo, mas falo por aqui, o fato de você também o fazer não significa que você esteja vivo.
Agora fiquei com medo do questionamento deste ser, criação minha.
- Eu te fiz!! - Digo com voz firme.
- Não, você que é produto meu.
E passaram a noite discutindo. Agora quem está escrevendo é o dono do blog, não ligue muito para o que esses dois personagens falaram, pois ambos são criações minha. Peço desculpas pelos questionamentos deles. Eles não sabem o que estão falando.
Para finalizar, quero agradecer a todos vocês que estão lendo os textos daqui. Sei que talvez não leiam todos e nem precisa. Já é bom saber que vocês dão uma passadinha por aqui. Pra você que chegou hoje e quiser ler mais textos, é só seguir o blog, clicando no link à direita, ou seguir  nossa página no facebook, que é facebook.com/masqueseyo. Até a próxima!
Imagem: http://registrodissonante.blogspot.com.br

Pessoas interessantes

sexta-feira, 24 de janeiro de 2014
Depois de sair frustrado do SongPop eu decidi não entrar mais nesses joguinhos de Facebook. Porém, hoje recebi um convite de uns amigos de um aplicativo chamado "Pessoas Interessantes". Como eu estou sozinho e carente (coitado de mim), aceitei entrar nesta coisa. 
O programa funciona mais ou menos assim: você procura "pessoas interessantes", no campo de busca seleciona o gênero (eu coloquei mulher, obviamente), seleciona a idade (21 até 28 anos, tenho medo das novinhas), seleciona a cidade (Cascavel - PR, lembrando que existe outra Cascavel em Ceará) e clica em "Buscar".
Imagem:  http://guiadeteresina.com
Aparece algumas fotos das pessoas e se uma te interessa, você clica em "Vou".  Fiz tudo certinho, todos os passos minuciosamente selecionados, mas nos resultados apareceu: "Ops, não encontramos pessoas como você queria, mas encontramos outras que você vai curtir". Eu pensei comigo: beleza, já que a Fernanda, de 22 aninhos, residente de Cascavel (aqui do Paraná) não existe, me mostre outras mulheres. Mas aí vem a pior parte, apareceram nas sugestões mulheres de 55 anos. Como que eu posso "curtir"? Nada contra, mas eu só tenho 21 anos. Fiquei indignado, fiz outra pesquisa, apareceram algumas Marias, Julianas, Gregs... Greg??? Mas isso é homem, eu estou procurando mulheres programa maldito, m-u-l-h-e-r-e-s!!
Bom, concluindo, esse será mais um jogo que eu sairei frustrado.
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A mulher que não falava - capítulo três

quinta-feira, 23 de janeiro de 2014
O narrador

Fernanda morreu. Não foi natural, muitos acham que não foi justo, e talvez não tenha sido. Ela era muito jovem e como dizem, tinha muita história para viver ainda. Mas, o que é justo nesta vida? Vemos tantas coisas ruins pela TV ou por outras mídias que chegamos a nos revoltar com o destino.
Pedro não ficou sabendo, pois não a via desde o dia em que se despediu dela. Acho que se ele ficasse sabendo ficaria arrasado, assim como estou agora. O fato de eu ser apenas o narrador deste conto não significa que eu não tenha sentimentos. Eu os tenho e confesso que estou muito triste em saber que ela morreu. De verdade, e isso é muito estranho. Queria contar mais coisas sobre ela, como o que aconteceu quando foi embora, com quem viveu, o que fez, mas eu não sei nada disso. Estou buscando algumas informações, mas eu nem sei em que cidade ela morou, não sei nem seu sobrenome.
O que resta é me conformar com isso e seguir minha história. Sempre torcemos pelos finais felizes, não é?! Mas devemos ser realistas, pois às vezes, alguns finais não são como desejamos. Eu não sei como será o final desta narrativa, nem quando isso ocorrerá, mas torcia para que um dia Pedro e Fernanda se reencontrassem e que os dois tivessem cultivado, durante todos esses anos, aquele sentimento colegial. Porém, isso parece impossível de acontecer agora.
E será que existem sentimentos tão duradouros assim? É uma coisa que eu gostaria de saber. Já assisti à filmes com essa temática, em que personagens se reencontravam e no final tudo acabava bem. Confesso que me emociono com esse tipo de coisa. O tempo é enigmático, dizem que cura tudo, que nos faz esquecer tristezas e avançar etapas. Mas, além disso, ele é capaz de guardar memórias e de manter sentimentos, pelos menos na ficção. Mas será que na realidade também acontece isso?
Não tenho as respostas, mas quem sabe descubramos no decorrer desta trama. Então, sigamos com o enredo.
Imagem: http://ametamorfose-ricardo.blogspot.com.br

Pedro se parece comigo. Digo, não fisicamente, mas pelas coisas que sente. Antes que pensem, ele não sou eu, como uma espécie de figura minha. Mesmo assim, pensamos e agimos igual em muitas coisas, mas isso é assunto para uma outra hora, pois agora ele está chegando a uma cidade para descansar. Já estava um dia e meio na estrada e precisava de um descanso. Parou nessas cidades pequenas de beira de estrada, no único hotel do lugar. Só tinha quarto com cama de casal disponível, que custava o dobro de um quarto com cama de solteiro. Alugou o quarto 13. O sol estava quase se pondo, então ele subiu na cobertura do prédio para ver esse fenômeno. É sempre bom ver o sol partir, ou vir, pela manhã, mas geralmente, ou estamos dormindo, ou estamos fazendo outra coisa quando essas coisas acontecem.
Na hora de dormir, Pedro leu o último capítulo de um livro, mas como estava muito cansado, não prestou atenção nas letras e acabou adormecendo.
Certamente, ele sonhou  com muita coisa naquela noite, mas em nenhum dos seus sonhos estava Fernanda. Há muito tempo ela já não vinha a seus sonhos. No começo, depois da despedida, era comum ela aparecer e ficar com ele. Eram apenas sonhos, mas pareciam tão reais. Pedro não se sentia só. Mas com o tempo, ela diminuiu as visitas, até que seu rosto acabou sendo esquecido. Quando ele conseguia sonhar com ela, ela aparecia muito diferente e quase estranha.
Quando amanheceu, Pedro conseguiu ver o sol nascer e assim, seguiu viagem.

Continua...

A felicidade

quarta-feira, 22 de janeiro de 2014
Muitos me perguntam o que é a felicidade. Falar a verdade, ninguém nunca me perguntou, mas iniciar um texto com essa informação agrega valor à postagem, já que o leitor pensaria que o assunto é de utilidade pública.
Bom, mas tentando responder a proposta inicial, em primeiro lugar, eu pluralizaria a felicidade - felicidades - para então tentar desvendá-la. Não sou nenhum PhD no assunto, por isso falo por experiência própria. O primeiro tipo de felicidade é aquela proporcionada quando você compra algo pela internet e esse algo chega à sua casa (via pac ou sedex), você abre o produto e começa a estourar as bolhas daquele plástico. Você até esquece do produto que comprou e fica umas quatro horas estourando. Isso é alegria de viver.

Imagem: http://www.recreioline.com.br
Outro momento de alegria é quando você está apertado para fazer o número 1 ou 2, ou 1 e 2  e consegue finalmente chegar ao banheiro. É satisfação garantida, com direito, em alguns casos, à foto no espelho  e uma postagem no facebook: "alegria ♪".
Imagem: http://www.mudominhacasa.com.br
Deixando a brincadeira de lado, felicidade parece que é algo inconstante e que vem parcelado. Felicidade é todos os clichês que muitas vezes ignoramos: um "bom dia" de um desconhecido (ou conhecido), um abraço apertado, um amanhecer bem de saúde... e por aí vai. Então, pessoar, vamos ser felizes com esses clichês, que tal?!
Imagem: http://desabafo-eu.blogspot.com.br
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Malditos joguinhos de facebook

Tem coisa mais chata que aqueles joguinhos de Facebook? E o pior é que os amigos sempre mandam um convite, daí você diz "não" e outro amigo manda outro convite.

Imagem: http://www.facebook.com

Pra quem, como eu e Dona Florinda, não gosta de receber esses convites, existe uma maneira de bloqueá-los. Basta você clicar no convite, encontrar um "x" e com o mouse, apertá-lo com força e assim aparecerá uma mensagem que diz mais ou menos "bloquear aplicativo". Pronto, agora você poderá usar seu Face sem os incômodos convites. Outra maneira mais simples é excluir os amigos.

Comentários da outra URL

Prove que você não é um robô

segunda-feira, 20 de janeiro de 2014
Longe de ser preconceituoso, mas isso só podia ser coisa do google. Pra quem não sabe o que é o google (provavelmente alguém que tenha sido abduzido no dia 3 de setembro de 1998, dia antes da fundação do respectivo), pesquise no google e descobrirás.
Voltando ao tema (pois o tema, neste texto, é lugar), fui comentar um comentário num blog de uma amiga. Escrevi maravilhas e outras palavras bonitas e na hora de clicar no ok, que é o mesmo que: vai lá, campeão, publique tuas palavras e etc, surgiu um frame (pesquise no... sabe onde) pedindo para eu provar que não era um robô:
- Vamos lá tchê, comproves que tu não és!
- Não "sous" o quê? - Perguntei pro frame, como se isso fizesse sentido.
- Proves que tu não és robô! - Com sotaque gaúcho mesmo.
- Mas eu não sou, meu nome tá aí.
- Digite o código e poderás passar.
- Mas não quero passar, apenas comentar.
- Digita logo, cabrón! - Agora em espanhol.
- Tá bom, mas não se irrite.
Digitei os malditos códigos e o comentário foi publicado. Fiquei pensando... mas que preconceito é esse com os robôs, muitos deles são mais inteligentes que a gente e agentes. Eles podem muito bem digitar sequências de códigos, senhas de bancos, números de telefones... Mas deixei pra lá.
Resolvi, então, contar sobre isso para meu amigo Ed, mas acho que ele não entendeu, não que ele seja burro, acho que estava muito ocupado.
Imagem: http://www.ed.conpet.gov.br
Se você, assim como eu, não apoia esse tipo de preconceito, levante esta bandeira comigo: Não à discriminação de robôs! Curta e compartilhe essa postagem, quem sabe assim, esse texto chegue às autoridades competentes.
Obrigado.

Minha ilha

sábado, 18 de janeiro de 2014
Não sei pra que iniciar esta estória. Nela, não contarei nada de interessante, então, se quiser, nem precisa ler. Escrevo porque quero escrever algo, ninguém me obriga, eu mesmo me obrigo e, assim, escreverei isto aqui, sem revisão, nem sequer com um final definido. Podemos começar pensando no que é uma ilha: um amontoado de terra cercado por águas. Bom, até aqui, temos uma ilha na estória.
Nunca estive em uma, já vi algumas, a maior foi aquela perto da Ponte de Amizade. Mas a ilha desta estória (vamos chamar isso de conto, mesmo que não tenha as características de um conto) não é igual a essa, é uma ilha um pouco maior, mas bem distante de gente. Tem um rio no meio, água doce e condições para que o personagem do conto possa viver.
Agora precisamos de um personagem: vai eu mesmo. Quem sou? O personagem será eu, mas ao mesmo tempo não será. Explico, será uma representação, uma máscara de mim. Provavelmente, um ser melhor do que eu, que terá coragem de dizer e fazer o que eu não digo e não faço. Já que ele sou eu, direi em primeira pessoa.
O modo como cheguei a essa ilha contarei depois, num próximo capítulo (falar a verdade, nem pensei nisso ainda), mas posso dizer, por agora, que estou bem aqui, sozinho. Sabe, existem momentos que queremos estar sós, só conosco mesmo. Estou bem aqui, já não sinto mais falta de ninguém, nem a necessidade de ter alguém comigo. Talvez nem todo mundo tenha um par por aí; acho que algumas pessoas nasceram para viver sozinhas, pois desses modo, possivelmente, poderão cumprir sua missão de vida. E qual é essa missão? Não sei qual é a minha, mas acho que um dia descobrirei.
Neste pedaço de terra, ao qual já chamo de meu, ou melhor, de minha ilha (nome bem original), eu não só penso muito, como também faço muito. Aqui, tudo é mais fácil. Desenho, canto, nado, estudo com alguns livros que trouxe pra cá. O tempo não passa tão rápido, nem devagar, passa como passava na minha infância. Ah, meu tempo de infância, meu sonho. Quem eu era, já não sou mais, nem me imaginava assim, como hoje, preso nesta ilha.
Toda a calmaria que eu pensava sentir se foi. Estou preso! Preso na minha própria ilha. Não, não era isso que eu queria ser. Não posso ficar aqui sozinho por mais tempo, preciso encontrar alguém que me leve para outro lugar.
Ao longe, vejo um barco, pequeno, parece estar vindo pra cá. Acendo uma fogueira e espero.


Imagem: http://ultradownloads.com.br

Acendi a fogueira porque me dei conta de que não adianta nada eu ficar escondido aqui nesta ilha. Me afastar das pessoas só me deixará mais só, não que estar perto  delas me fará sentir sempre acompanhado,  mas provavelmente estarei melhor perto delas.
A embarcação se aproximou, não esperei que ela atracasse à margem, fui nadando até ela. Subi e fui bem recebido pela tripulação. Ouvir as vozes daquelas pessoas me lembrou o quão humano eu sou e o quanto preciso de companhia.
Finalmente, eu estaria voltando pra casa. Poderia ver todos os meus amigos e quem sabe rever alguém que queria muito estar perto.
Comecei a pensar em como tudo isso seria bom. Parece que sempre é preciso estar longe para percebermos que as pessoas fazem falta, que elas são importantes. Eu sempre demoro demais para perceber isso e quando percebo, tento não levar a sério esse sentimento.
O barco me levou até um porto de uma cidade. Passei alguns dias nela até conseguir dinheiro para voltar pra casa. Quando finalmente cheguei em casa, esperei o abraço dos meus pais, mas eles não estavam nela. Talvez estivessem viajando. No dia seguinte, fui à universidade, mas as portas estavam fechadas. Telefonei para alguns amigos, mas nenhum deles atendeu. Mandei uma mensagem para a pessoa que amo, mas ela não me respondeu. Acho que não viu ainda.
Eu já não estava mais naquela ilha, mas era como se eu ainda estivesse lá. Parecia que todas as minha lembranças estavam num passado distante e pior ainda, parecia que elas nunca existiram de verdade. Provavelmente, eu havia criado tudo isso na minha mente. Foi tudo uma ilusão. Tudo um sonho. Um sonho é uma ilusão e só pode se tornar real se acordarmos dele e fazer o que nele sonhamos.  Então, que eu acorde agora. Como é que eu faço? Acorda, vamos lá, acorda.
Acordei, depois de tanto tentar e percebi que sou apenas um personagem. Realmente, tudo era uma ilusão, inclusive eu, que sou um personagem. Mais um personagem.
Fui pra casa, provavelmente neste ano, assumirei um outro personagem, mas não posso me esquecer de que não devo me aprofundar muito no personagem, para não achar que uma mentira é uma verdade.

Como esquecer aquela pessoa

sexta-feira, 17 de janeiro de 2014
Este é um método novo para você que quer esquecer aquela pessoa amada (sem ironia). O método é 100% seguro, desde que seguidas as devidas precauções. Vamos ao método.
Primeiro tome um banho. É de suma importância que você esteja bem limpo, então pode demorar uns trinta minutos debaixo do chuveiro. Relaxe, aproveite as águas, nunca se sabe, podem ser as últimas.
Em seguida, depois de ter se vestido e tudo mais, pegue um martelo ou marreta. Friso que esse material deve estar limpo.
Vá à mesa mais próxima, mas sente-se na cadeira. Coloque sua cabeça sobre a mesa - se pôr embaixo, o método não funciona. Com a cabeça bem posicionada, levante o martelo, ou a marreta e dê uma pancada mediana no seu lóbulo temporal. É tiro e queda. Você esquece  a pessoa na hora.
Mas atenção, a pancada deve ser exata. Se você bater com pouca força, você pode ter apenas uma dor de cabeça. Se bater muito forte, pode ter traumatismo craniano (e em alguns casos, ucraniano - há relatos de pacientes que começaram a falar ucraniano depois do procedimento).
Testei o método e o que tenho a dizer é que estou com uma leve dor de cabeça e Я не знаю, що я зараз говорю.
Então, este é o procedimento. Por favor, entenda que isto só funciona no mundo da imaginação, então não saia por aí fazendo isso, pois a culpa será totalmente sua.
Falando sério agora, só há uma coisa que pode te fazer esquecer aquela pessoa: o tempo. Bom, em alguns casos, algumas pessoas são inesquecíveis, daí a coisa fica séria. Nesses casos, faça igual a esse blogueiro, comece a escrever... uma hora, você esquece o motivo de estar escrevendo.
Imagem:  http://advogatas.wordpress.com
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A mulher que não falava - capítulo dois

quinta-feira, 16 de janeiro de 2014
Os (des)sonhos de Pedro

Muitos dias se passaram desde o interrogatório que o Mendes tinha feito com Paulo. Desde aquele dia, Paulo não teve mais nenhum contato com Pedro. Pedro realmente estava desaparecido, como ele disse que faria no dia que partiu.
- Paulo, não poderei mais ficar nesta cidade.
- Mas por que, Pedro? Somos amigos desde o colegial. Se tiver algum problema, podemos revolvê-lo juntos!
- Não esse. Preciso mesmo sair daqui. Vou ficar um bom tempo sem falar com você meu amigo.
Eles conversaram bastante e no final da noite, Pedro partiu. Não disse para onde iria, mas falou que estaria tudo bem futuramente.
Pedro pegou a pista principal e partiu meio sem rumo. A estrada nunca lhe pareceu algo tão difícil de percorrer, mas, naquele momento, parecia estar passando por cima de pedras. Eram seus sentimentos e o que ele estava deixando para trás. Estava se desfazendo de sua vida, mas se consolava ao pensar que estava em busca de algo que realmente mudaria ela.
Ele sempre foi sonhador, mas agora, um de seus melhores sonhos se tornaria realidade. Como diz um filósofo por aí, é bom pararmos de dormir para poder tornar sonhos realidades. Este filósofo talvez tenha dito isso apenas da boca pra fora, talvez nunca tenha entendido com a imensidão que suas palavras proporcionavam. Pedro estava a ponto de conseguir decifrá-las.
Mas nem sempre foi assim. Voltando um pouco no tempo, mais precisamente quando ele tinha 14 anos, naquela mesma árvore com seu melhor amigo, Pedro não teve coragem de acordar.
- Pedro, ela me disse que vai embora, vai mudar de cidade. Você vai deixar acontecer isso sem que você diga para ela que a ama.
- Eu a amo, Paulo, mas não posso dizer isso pra ela. Como você sabe que ela vai embora?
- Ela me disse. Ela nunca tinha conversado comigo antes, mas me pediu para dizer isso pra você.
- E o que você disse pra ela?
- Disse que falaria com você.
- Mas do que adianta eu falar para ela que gosto dela, se agora ela vai embora?
- Não dê essa desculpa, cara. Não deixe ela partir sem saber o que você sente por ela. Isso não é justo com ela, não é justo com você.
- Não é justo? E o que é justo? É eu falar para ela que a amo? E daí, ela vai embora, e se ela começar a gostar de mim, vai sofrer pela distância? Isso é justo?
- Cara, desisto, não dá pra falar com você sobre isso.
No dia que partiria, Fernanda se despediu de todo mundo da sala. Era perceptível que ela estava muito triste, não queria partir assim, desta forma, com dúvidas sobre seu presente e futuro. Pedro a observava de longe, não tinha coragem de falar nada com ela, também estava triste.
- Pedro, você não vai me abraçar? - Perguntou Fernanda, intimidatória.
Pedro ficou vermelho, mas a abraçou. Não foi um simples abraço de colegas. Foi um abraço importante para os dois, daqueles que demoram, que para o tempo, que faz os pensamentos se perderem no ar, que dá vontade de que dure para sempre. Era um abraço apertado, em que os dois se perdiam nos braços do outro. Todo mundo percebeu, mas ninguém disse nada. Paulo viu a cena calado, ele esperava que esse era o momento que Pedro se declararia: "Vamos Pedro, diga o que você sente por ela, não há motivos para não dizer, dá pra ver que ela sente algo por você, vamos meu amigo!". Paulo pensava firmemente nisso quando o abraço acabou. Fernanda também estava vermelha e com os olhos carregados de lágrimas.
- Você não tem nada a me dizer?
- É... boa viagem, Fernanda. Que você encontre bons colegas lá também, rsrs.
- Só isso? Você não tem mais nada pra dizer? Mesmo?
Imagem: http://projetosabado.blogspot.com.br
Paulo acompanhou Fernanda até a saída, onde um carro a esperava para levar pra casa.
- Por que ele não me disse, Paulo? Por quê?
- Não sei, Fernanda, eu pensei que ele diria...
- Eu gosto dele, mas se ele não tem coragem de admitir o que sente, não posso fazer nada.
Fernanda entrou no carro, mas antes, entregou um papel que continha seu novo endereço. Fernanda era meiga, gostava de escrever, mas não era muito de falar. Não era tímida, mas era quieta, ficava no seu canto com suas amigas. Um dia, ela machucou o punho esquerdo jogando vôlei. Foi levada para a cozinha, onde uma cozinheira passava gelo no lugar. Não era nada grave e a dor já estava passando. Ela reparou pela porta que Pedro passava de um lado para o outro, então deu um sorriso para ele e ele desapareceu. Ela gostava dele, mas nunca conversaram até aquele dia. No recreio, milagrosamente, ele veio falar com ela.
- Você está bem?
- Estou sim, Pedro, a dor já passou. Você ficou preocupado?
- Um pouquinho, mas que bom que você já está bem.
No dia seguinte, na aula de educação física, os dois ficaram juntos jogando ping-pong. Se olharam bastante, mas o que os olhos diziam diferia dos que as bocas falavam. Os olhos dos dois se encontravam, mas logo se desviavam e as bocas apenas contavam os pontos.
Desde aquele dia, Fernanda pensava nele, mas agora ela estava partindo e deixando para trás tudo o que não houve. Amor calado, essa era a definição para o que houve entre os dois. Pedro se arrependeu profundamente de nunca ter dito o que sentia pra ela, por isso nunca mais falou sobre o assunto.
Pedro realmente era muito tímido, e continua tímido até hoje. Mas isso não importaria mais, ele mudaria completamente sua vida quando chegasse na cidade para onde estava indo.

O que esperam de nós

quarta-feira, 15 de janeiro de 2014
Uma coisa que é fato atualmente é a cobrança. As pessoas esperam muito da gente. Esperam que sejamos como elas esperam. Nós também esperamos muito delas. Assim, acabamos as decepcionando. E de quem é a culpa: da gente ou da pessoa?
Eu não sou nenhum expert em relacionamento, seja qual for o tipo. Muitas vezes tento agradar a todos, mas agir deste modo está errado. Podemos sim, em muitos momentos, ser egoísta e pensar no que é melhor para a gente. Podemos pensar numa coisa: talvez não sejamos tudo o que esperam da gente, mas a culpa não é nossa se essa gente espera na gente o que ela quer pra ela.
E, para finalizar, é bom pensarmos do jeito que eu vi alguém compartilhar uma vez numa rede social: não espere muito da pessoa, pois assim, em um momento, ela pode te surpreender fazendo o inesperado por você.
Imagem: http://www.frasesnofacebook.com.br
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Novo instrumento musical

segunda-feira, 13 de janeiro de 2014
Hoje, chegou o teclado musical que comprei pelo Mercado Livre. Algumas pessoas têm medo de comprar pela internet e com razão. Quando temos medo, geralmente somos mais atenciosos no que fazemos. Ao comprar pela internet, devemos atentar para alguns fatores. Compro pelo Mercado Livre porque eles têm um sistema seguro de compras: os vendedores são qualificados pelos compradores e o pagamento só é liberado ao vendedor quando o produto chega às mãos do comprador. Viu, este blog também presta um serviço social de utilidade (e estou me achando agora por isso (é que estava perdido agora pouco)).
Comprei um teclado musical. Tudo bem que não é um Yamaha da vida, sei que essa marca agregaria valor à minha compra. Mas é um teclado bom, da marca Medeli. Já ouviu falar antes? Nem eu, mas pesquisei bastante e o preço estava convidativo. Então comprei. Passei a tarde toda tocando algumas músicaa para conhecer suas funcionalidades.
Aí você me pergunta: "mas, você sabe tocar teclado?" Pergunta aí, é, você mesmo! Vamos lá: "você sabe tocar teclado?" E eu respondo: "veja bem, maisoumenos, maisoumenos!!" Sei fazer os acordes e tocar a melodia e quando não dá pra tocar a melodia, eu canto, e quando não dá pra cantar, eu faço a parte do baixo com a boca. Você faz isso de vez em quando, eu sei. Todo mundo faz.
Meu problema é que quando pego um instrumento musical para tocar eu não quero saber de métodos, nem cifras, nem se sol sustenido é a mesma coisa que lá bemol. O que eu quero mesmo é já sair tocando "Fico assim sem você", ou "Eu busco uma estrela", ou qualquer outra música. Mas querer não é poder. Eu quero, mas não posso. As teclas não me obedecem. Peço um lá, me dão um dó; me mandam pra lá, isso me dá um dó.
Isso acontece também com o violão, mas como sou canhoto, eu me perdoo por qualquer acorde deformado que sai. 
Depois de todas essas brincadeiras (a maioria sem graça), digo que, mesmo eu não sendo o melhor músico, não sabendo fazer a melhor música, não soar o melhor acorde, mesmo com todos esses problemas, é bom fazer música, é boa a sensação de fazer sair de um instrumento acordes e melodias. A música faz bem.
Imagem: arquivo pessoal
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Vai ao banheiro?

domingo, 12 de janeiro de 2014
- Vai no banheiro?
- Sim!
- Mas de novo??
- É que tenho bexiga solta!
Enquanto o cara imaginava a tal bexiga solta, a moça foi ao banheiro com azamigas  tirar foto. Tirar foto!! Isso mesmo, pelo celular não se passa cheiro, mas se passa imagem, infelizmente. Que mania é essa de fica em frente ao espelho, fazer biquinho de pato e se fotografar (com azasmigas)? É só eu que acho isso ridículo? Tudo bem que cada um é cada um, dono de si e do celular, mas que é chato ter que ver essas fotos todos os dias no Facebook. O pior ainda é ver os marmanjos comentando: linda... Eu me incluo na parte dos "marmanjos", mas moderadamente.
Imagem: http://fique935.fiqueavista.com.br

Bom, encerro meu momento de indignação com a informação de que no Brasil, no estado do Rio de Janeiro, há uma cidade chamada Vassouras. Isso me incomodou um pouco também, mas já estou recuperado.
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A mulher que não falava - capítulo um

sexta-feira, 10 de janeiro de 2014
Ninguém pensava que ele era assim

- Senhor Paulo, pode vir.
- Ok, policial.
- Mendes, Victor Mendes.
- Então, você quer que eu fale sobre o Pedro, não é?
- Isso mesmo, este é o motivo deste interrogatório. Como era o Pedro? Havia algum indício do que ele estava planejando fazer?
- Veja bem, Mendes, se há uma pessoa que jamais faria mal a alguém, essa pessoa é o Pedro...
- Responda a pergunta anterior, por favor. Isso não é um filme estrangeiro, não precisamos contar estórias de bom sujeito.
- Tá bom. O Pedro era um cara normal como qualquer outro. Trabalhava as oito horas diárias, ele sempre dizia: "Por causa do Vargas, senão, seriam mais horas". Mexia em programas de computador. Eu não entendo nada dessas coisas, sabe.
- Programas de computador? Checamos a máquina dele, não há nada de suspeito por lá. Há apenas arquivos de sistemas que não abrem, além de fotos caseiras.
- É, ele era fotógrafo amador. Ele sempre dizia que era melhor ser amador do que profissional, pois ele amava o que fazia, já um profissional, fazia por profissão.
- Muito interessante - Bradou Mendes, ironicamente. - Mas me conte da vida pessoal dele... parentes, namoradas...
- Nuca vi ele com uma mulher, você sabe... e a família dele morava em outro país.
- Não tinha namorada então?
- Pelo que eu saiba, fisicamente não.
- Fisicamente?
- É, fora da internet. No perfil virtual dele, ele dizia que namorava com a Fernanda, mas nunca vi os dois juntos.
- Obrigado, senhor Paulo.
- De nada. O que posso dizer é que o Pedro não é culpado.
- Isso é o que veremos, não se preocupe.
Paulo estava mentindo, ele escondia algo que Pedro havia feito. Ele realmente não entendia seus motivos, ele nunca pensou que seu melhor amigo poderia fazer o que ele fez, mas nem por isso deveria dedurá-lo para o policial. Paulo não poderia contar toda a verdade, pois ele ainda não acreditava em toda ela.
Pedro e Paulo se conheceram no colégio onde estudavam. Era um colégio considerado bom. Era muito grande e no intervalo, eles subiam numa árvore para tratar de assuntos.
- Paulo, acho que estou apaixonado!
- Como é, cara...
- Apaixonado, aquele tipo de doença de gente grande...
- Mas você só tem 13 anos, não pode estar doente... Ah, já sei, esse número 13 não dá sorte.
- Para, eu não acredito nisso... É que a Fernanda é tão legal comigo.
- A Fernanda, então é por ela? Mas ela é tão pequena.
- Tem a mesma idade que eu, e ela vai crescer, todos nós cresceremos.
- Não diga, sério. Mas mesmo assim, isso vai demorar muito. O que ela disse?
- Disse o quê?
- O que ela falou quando você disse que gosta dela?
- Eu não disse ainda.
- Vamos lá dizer agora. Fernanda...
- Cala a boca, tá doido. Eu não vou dizer pra ela que gosto dela, vai que ela não goste de mim. Eu vou esperar. Um dia, quando eu tiver certeza, eu digo.

Imagem: http://mulhercrista.blogspot.com.br

Aqui é o narrador. Então, se passaram anos e a Fernanda nunca soube que Pedro gostava dela. Aliás, no ano seguinte, ela mudou de cidade e os dois nunca mais se viram. Pedro nunca mais falou sobre ela, mesmo quando Paulo tentava puxar o assunto
- Você já ouviu falar de Blender?
- Não muda de assunto, Pedro. Eu estava falando da Fernanda, lembra?
- Já faz tanto tempo, cara. Foi um amor de infância, esquece isso.
- Você nunca superou, né?
- Superar o que, nunca houve nada entre a gente.
- Isso, você nunca teve nada com ela, mesmo a amando.
- Deixa pra lá. Estamos em 2010 agora. O que passou ou não no passado não importa mais.
- Tudo bem, não está aqui quem falou. Vamos jogar alguma coisa?
- Vamos!
O ano de 2010 só estava começando, mas Pedro já estava carregado de memórias passadas que precisavam ser esquecidas e preenchidas de presente. Ele queria viver o chamado "aqui-agora". Este ano seria o ano.
O policial Mendes buscou a Fernanda na lista de contatos de Pedro no seu perfil virtual, mas não a encontrou pessoalmente. Parecia que ela havia sumido, ou, quem sabe, nunca existido. Mendes era policial investigador há mais de 10 anos no mesmo departamento de policia da cidade. Ele sabia quando algo estava errado. Ele sabia que neste caso, alguma coisa estranha estava acontecendo e o seu objetivo era descobri-la. Até o momento, ele sabia pouca coisa de Pedro, mas a principal dúvida dele era saber o motivo de Pedro estar tão feliz nos seus últimos dias públicos.
Pedro estava desaparecido já há duas semanas.

Continua...
Capítulo um - Capítulo dois - Capítulo três - Capítulo quatro - Capítulo cinco - Capítulo seis - Capítulo  sete - Capítulo avulso - Capítulo oito - Capítulo nove - Capítulo dez (final) 

Mil

quarta-feira, 8 de janeiro de 2014
Blog novo dá nisso mesmo. A contagem recomeça. Desta vez, acho que chegamos mais rápido às mil visualizações do que da outra. Bom, e como fiz em "Assim Sou/Estou", farei aqui também. Listarei as "mil" coisas que aconteceram por aí e acrescentarei um comentário muito interessante a cada um desses fatos. Vamos lá.
Imagem: http://devoltainfacia.blogspot.com.br

Missão seleciona mais de mil candidatos para morar em Marte. Desses mil, sobrarão 24 e pretendem #partir em 2025. Sei não, acho que não haverá essa possibilidade tão cedo, mas se tudo der certo, torço para um mundo melhor, onde não haja funk nem sertanejo universitário.
Jorge e Mateus dizem que podem passar mil anos, mas aquela mulher ainda vai amá-los. Falando em sertanejo universitário, surge essa música em que um cara convencido acha que as brigas e ignorações que a mulher faz pra ele é um sinal de que ela o ama. #Acorda Brasil, ela não tá mais afim de você cara. Fico na dúvida pra qual cara é isso, se pro Jorge, ou pro Mateus, ou se os dois são um, sei lá.
Corithians mil grau. O time é tão... (complete) que deve tá queimando lá no... (complete), porque "se tem uma coisa que não tem limites é a zueira" (@pgfasiso) - Grande poeta.
Essa é pra você que está precisando de portas. Sei que muitas vezes, na vida, é preciso pular janelas, mas seus problemas acabaram com a casa das mil portas. Pra que pular, se você pode abri-las e explorar um mundo completamente novo. Abra a porta da esperança!
Não quer porta, toma então as mil camisas. Ou tome mil milkshakes, uma delícia que alimenta. O mundo tá cheio de mil...
E hoje chegamos às mil visualizações!! Sei que muitas visitas partem de boots de pesquisas mesmo, mas agradeço especialmente aos amigos que seguem o blog e que comentam aqui e pelo facebook. Então é isso, até a próxima, pois agora vou ler mil e um poemas.
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Que comece o jogo

terça-feira, 7 de janeiro de 2014
Estou desgostoso com o meu personagem no Facebook, e o motivo disso é, principalmente, porque ele está se dando melhor do que eu. Você pode pensar que é ciumes, mas não é, já que eu o criei, posso também dar férias a ele. E é isso que vou fazer, mas de uma maneira divertida (pelo menos pra mim).
Me isentarei do Face enquanto não zerar Assassin's Creed. Já comecei a jogar esse jogo (redundantemente) faz alguns dias, não sou muito bom nele, mas "posso melhorar", como na frase que era escrita nos boletins escolares. Começarei essa proposta hoje, depois da meia noite.
Imagem: http://portalsonic.com.br
Pois bem, que comece o jogo!!

Namoro pela internet

quinta-feira, 2 de janeiro de 2014
É fato que a internet serve para unir pessoas distantes (e afastar pessoas próximas também, além de outras funções a mais). Destas "uniões", você já deve ter ouvido sobre os namoros que começaram por elas. Confesso que eu acharia estranho tempos atrás um namoro pela internet. Ainda acho, mas vejo agora por outros olhos (na verdade, os mesmos, só que em 2014, não como no ano passado, entendeu?).
Acho que é possível namoros começarem pela internet. Só acho difícil que eles se mantenham se ficarem só nesta rede. Não podemos dizer que conhecemos plenamente uma pessoa por vê-la pessoalmente todo dia, pois, até mesmo sem querer, vestimos uma máscara em todos os lugares, cada qual, uma fantasia diferente. Vamos pro próximo parágrafo (só pra avisar mesmo).
Podemos muito bem nunca ter visto uma pessoa de perto, mas conhecê-la muito bem pelas coisas que ela escreve (isso é quase uma indireta, mas não é (larguei essa vida de indiretas)). Outro parágrafo.
E por que estou escrevendo sobre isso? Simples, porque eu quero e, não menos importante, porque vi um vídeo no youtube. É uma paródia do Daniel Santos, intitulada "NAMORO DO ORKUT" em caixa alta mesmo (acho que ele estava gritando quando escreveu esse título).
Na paródia, ele fala de um namoro que começou no bate-papo Uol, prosseguiu pro Orkut e depois passou pro Facebook. Vocês ainda lembram do Orkut? Aquela rede social maneira. Eu era 100% sexy (era o que esta rede me dizia). Lembro d'algumas coisas que eu fiz por lá, principalmente no último ano que o utilizei. "Dei meu coração" umas três vezes pra uma pessoa pelo Buddy Poke. Nunca tive respostas, nem sequer dinheiro devolvido por ter ido à lan house fazer isso, mas tudo bem, coisas do passado.
Imagem: http://fazerorkut.com.br/
Então é isso, feliz 2014 pra vocês! Curtam agora a paródia mencionada. Até!