Sob a lua azul que iluminava o céu, ele encontrou uma carta. Era de despedida, era da mulher que ele amava. Em vez de lágrimas saírem de seus olhos, ele apenas esboçou um sorriso e foi dormir.
Imagem: http://ultradownloads.com.br |
Teve um sonho que mais parecia uma lembrança. E era, de tudo o que viveram juntos, das luas que passaram a olhar para o céu e contar estrelas, sem importar as horas, nem o dia que viria depois. Acordou ainda de madrugada, ligou uma música no seu celular e observou pela janela a lua. Agora sim, passado alguns minutos, podia-se ver uma lágrima escorrendo pelo seu rosto. Corria como um rio que descobre novas terras, que a encharca e forma um caminho. Ele se dava conta de que tudo estava acabando, de que ela não estaria mais ali. Ele queria voltar algumas luas, pois nelas não estava sozinho.
Em outro quarto, também observando a lua, estava ela, pensando na carta, arrependida de ter mandado. Era orgulhosa, não voltaria com ele. Fechou a janela e foi dormir. Nunca mais se viram. Nem ela, nem ele, nem a lua.
Ele acordou e ainda estava escuro, o seu celular ainda continuava tocando a mesma música, Blue Moon. Ele pensa em ligar para ela, mas estava muito tarde para isso. Resolve ir à casa dela e movido pela música, pela lua, começa a cantar, olhando para a janela que já estava aberta a sua espera. Ele sobe, do mesmo jeito que Romeu subia para ver Julieta e lá em cima, os dois voltam a ser o que eram.
Ele acordou e já era dia, o sol ofuscava a quase invisível luz da lua. Ele não lembrava muito do que tinha acontecido. Viu a carta, sorriu e foi pra universidade, ao som de Blue Moon.
Ele acordou e já era dia, o sol ofuscava a quase invisível luz da lua. Ele não lembrava muito do que tinha acontecido. Viu a carta, sorriu e foi pra universidade, ao som de Blue Moon.