maio 2016 | Blog do Joanir -->

Invadindo

terça-feira, 31 de maio de 2016
Oi,oi gente. E hoje eu estou aqui, vivendo esse momento lindo de invasão de blog, e é melhor eu parar de cantar músicas que não sei, motivo dessa invasão: deu na telha (e também porque o joaninha pediu).

Padre radical

Pois é, invadi a pedido do dono, alguém ai entende essa pessoa?

Bom não sei sobre o que falar aqui vou pensar um pouco e já volto com o assunto em mente, e...

Bom assunto escolhido: A técnica do SPA numa conversa sem assunto.

Bom o SPA não é um lugar, não nesse sentido. "- Uê Ana Júlia, o que é esse SPA?" A sigla SPA vem do português Show de Perguntas Absurdas, e ai vem um e pergunta "- Que história é essa de perguntas absurdas?" Simplesmente é um concurso que eu e o Joanir fazemos pra ver quem faz a pergunta mais absurda, por exemplo, certa vez o Joanir veio com a pergunta "-O padre dai sabe andar de skate?" Sim, é com perguntas desse tipo que conseguimos algum assunto.


Acho que já gastamos todos os assuntos que existem no mundo, então se você tem algum assunto coloque ai nos comentários, vai ajudar bastante!



Bom só isso mesmo, qualquer dia desses eu invado de novo o blog tá, tchauuu




A carta que a Google me enviou

quinta-feira, 26 de maio de 2016
Pois é, em tempos de e-mails e redes sociais, eis que na caixa dos correios me vem uma carta da Google. Legal né?

Carta do Google Adsense enviada pelo correio
Carta do Google Adsense

Mas não, leitores, não era uma carta de amor, para que eu lembrasse dos velhos tempos. Era uma carta mais técnica.

Já que toquei no assunto "cartas de amor", uma vez, na oitava série, eu recebi uma. Foi jogada da janela na sala no intervalo. Chegando na sala, alguns amigos encontram a carta. Vira uma bagunça, risos, comentários, e eu lá, todo vermelho e tímido. Bom, quem quiser saber o que estava escrito e o que fiz com a carta, é só perguntar.

Voltando à carta da Google, era uma carta que continha um PIN para eu confirmar minha conta e endereço no Google Adsense. Essa carta é liberada automaticamente quando você alcança 30 dólares na sua conta.

Eu, felizão, já fui no site digitar o bendito PIM. Mas, só vou poder ver minha grana quando minha conta atingir os 100 dólares. Espero que até lá o dólar não diminua. Volta, Dilma! 😹

Infelizmente, desses 30 dólares, aproximadamente 25 saíram das visualizações no YouTube; e apenas 5 dólares vieram das propagandas deste blog. Triste isso, né?

Bom, é isso. Se você quiser mandar uma carta pra mim, envie um e-mail que é melhor. Escreva para joanir@masqueseyo.com.br. Até mais!

Kit Concurso Público

quarta-feira, 25 de maio de 2016
Neste domingo participei de um evento bem  lecal aqui da minha cidade: o Concurso Público. Então resolvi compartilhar com vocês os kits básicos para um concurso.

Kit Concurso Público
Nosso Kit

O primeiro de todos é ter disposição. Acordar 6:30 da manhã não é pra qualquer um não. Tudo bem que o galo acorda mais cedo pra cantar e a vaca, pra fazer leite, mas eu não sou galo nem vaca, sou só um moço chato da cidade.

O segundo item do kit é opcional, mas é importante: tenha um carro, e de preferência, que seja movido a gasolina, pois com álcool pode ser que ele nem ligue nos baixos frios aqui do Sul. Não tendo carro, tenha um Vale pra ir de busão mesmo. É sofrido, é. É chato, é. Mas também ninguém mandou você fazer esse concurso.

O próximo item é uma caneta azul ou preta de tubo transparente. Sim, eu sei que você pensou naquela marca, mas não direi o nome dela porque ela não tá me pagando pra fazer propaganda. Pra não ter problemas com alguns movimentos sociais, a caneta que eu levei era de tinta preta com bocal azul. Viva a diversidade cultural!

Outro item fundamental é: saiba ler. É importante, já que a prova é escrita 👍.

Discrimine, com vontade, no ato da inscrição, caso seja, que você precisa de uma cadeira universitaria para canhotos. Neste concurso, recebi tratamento especial 👻. Isso estava escrito lá na lista que estava meu nome: atendimento especial. De repente ser canhoto me tornou especial. Viu, ainda não sei como essas loucas me ignoram. Minha cadeira canhota estava lá, toda bonitinha, brilhando sozinha no meio das outras cadeiras destras.

Afine sua tosse. Não, não tô dizendo pra deixar a tosse fina, mas sim, pra deixá-la afinada. Por que isso, escritor? Porque vai ter outras dez pessoas tossindo. Então, que seja organizado. Alguém do meio tosse um Lá, outro da esquerda tosse um Dó e outro, do fundão, um Mi. Pronto, no final da prova, sua sala terá criado uma nova Sintossia de Gripetovem 🎶.

Pra fechar o post, vou acabar por aqui com uma chave 🔑😂. Bye.

Cinquenta mil visualizações e os paraquedistas do Google

sábado, 21 de maio de 2016
Ontem, à tarde, enquanto a mineirinha estava me perturbando, o blog chegou às 50 mil visualizações. Muito obrigados a todos os que acessam, ao Google que nos manda os paraquedistas e, principalmente, aos seguidores que estão sempre por aqui.

Na foto, é possível ver um paraquedista caindo, perguntando pro Google onde deve ir, e o Google indica o nosso blog para que ele tenha um bom pouso
Flagra: momento em que Google indica o nosso blog pro paraquedista

Tá, sei que 50 mil na internet parece pouca coisa. Ainda mais com vídeos no Youtube que chega a esse número em poucas horas. Mas, aqui é texto, cacilda. O pessoal não gosta muito de ler não. E pra um blog durar até os 50 mil, precisa de muitos textos, de muitas pesquisas, de muito conteúdo, e principalmente, que o blogueiro não se desanime no meio do caminho, o que é muito comum.

Em meio a um verdadeiro cemitério de blogs fantasmas, só tenho a agradecer mesmo a todos que, direta ou indiretamente, me mantiveram aqui escrevendo. - Mas como assim, escritor? Já explico. É que sempre que converso com alguém sobre o blog, isso me dá ânimo para escrever algo novo.

Outro fator que também me instiga a escrever e manter o blog são os paraquedistas do Google. Explicando, "paraquedistas do Google" são aquelas pessoas que pesquisam no Google e o Google, ao invés de falar pra elas ir ver se tem nos postos Ipiranga, fala:

- Vai ver lá no Mas qué sé yo!
- Mas não é espanhol isso aí não, Google? - Pergunta o paraquedista.
- No, hombre, por casualid, no percebiste que el dominio es brasileño? - Responde o Google em espanhol, só pra sacanear o paraquedista.

E assim, o paraquedista para aqui e lê os trecos. Alguns poucos abençoados deixam os seus comentários. Outros, saem sem nem dizer adeus. Aí eu pergunto:

- Google, por que eles não comentam?
- Noé -  o sacana do Google me responde.
- Noé o quê? - Pergunto inocentemente.
- Noé da sua conta!!!
- Nossa, que sem graxa, vou procurar no Bing!

Mas o Google é o meu amigo, nem posso reclamar, já que é ele que manda mais de 75% dos paraquedistas pra cá. Valeu!

Então é isso. Deixe seu comentário aí falando desde quando você conhece aqui? Se foi o Google que te trouxe, etc. Até a próxima!

Box do Twitter no Blogger (Atualizado 2016)

sexta-feira, 20 de maio de 2016
Quer colocar a box do seu Twitter no Blogger? Então acompanhe este tutorial e veja o quão simples é fazer isso.

Adicionar box do Twitter no Blogger
Adicionar box do Twitter no Blogger

Basicamente, teremos que criar o código e instalá-lo no blog. A box do Twitter ficará como no exemplo abaixo:

Atualização (27 de junho de 2016): O Twitter atualizou essa parte de configuração do Widget. Se você já conhecia a versão antiga, será fácil se adaptar à nova. Como a mudança foi recente, as opções de configuração estão em inglês, mas brevemente estarão em português e a box já está aparecendo em português quando inseridas no blog.



1 Criando o código no Twitter

1.1 Acesse o Twitter, faça login, caso não esteja conectado com a sua conta e vá para o painel, clicando na sua foto de perfil (1) e clicando em Configurações (2).

Na parte superior do site, clique na sua foto de perfil e no submenu, selecione Configurações
Configurações

1.2 Na janela que abrir, haverá uma barra lateral com várias opções. Clique em Widgets (1), depois em Criar Novo (2) e selecione um tipo de Widget, nesse caso, Perfil (3).

Clique em "Criar novo" e selecione um tipo

Nesta submenu, note que há várias opções para a criação do código.  Ao escolher Perfil, serão mostrados o que você publicar. Escolhendo Curtidas, a box mostrará as suas curtidas. Escolhendo Buscar, você pode procurar por uma #hashtag e inserir na sua box.

1.3 Nesta janela, clique em Enter a Twitter URL e aparecerá um submenu com algumas opções. Ignore-as e apenas cole o link do seu Twitter, como por exemplo https://twitter.com/joanir007.

Link do seu Twitter
Link do seu Twitter

1.4 Deixe a primeira caixa marcada para exibir as suas publicações no Twitter:

Widget no Twiiter
Você pode customizar a sua box

Destacamos em amarelo algumas configurações opcionais. Você pode definir uma altura, se quer um tema claro ou escuro e definir qual cor quer que os links apareçam. Conforme você altere as opções, as mudanças aparecerão na tela de visualização ao lado.

1.5 Copie o código gerado. Você pode deixar essa janela aberta para seguir o próximo passo.

Clique em Copiar Código
Copie o código


2 Colocando o código no Blogger

2.1 Entre no Blogger e clique em cima do nome dele para ir ao seu Painel de Controle.

Clique no nome do seu blog para entrar no painel
Entre no painel do seu blog

2.2 Agora, na barra lateral, clique em Layout e depois, em Adicionar um Gadget.

Clique em Layout > Adicionar um Gadget

2.3 Na janela que abrir, você notará que há muitos tipos de gadgets para o blog. Para agora, selecione o formato HTML/JavaScript.

Escolha HTML/JavaScript
Escolha HTML/JavaScript

2.4 Nesta nova janela, você pode adicionar um título (1) ou deixar em branco mesmo. Na parte Conteúdo, cole o código que você criou no passo 1.4 deste tutorial. Clique em Salvar (3)

Após colar o código, clique em Salvar

  Quer ajudar o nosso blog?

Este tutorial foi útil pra você? Te ajudou a melhorar o seu blog? Então nos ajude também, dê like, comente e compartilhe este post. Ah, e deixe também sua doação em dinheiro:
FAÇA SUA DOAÇÃO ONLINE CLICANDO AQUI

Conclusão

Após ter salvo, você pode abrir o seu blog para ver a box do Twitter em funcionamento. Qualquer dúvida, é só entrar em contato aí embaixo. Até a próxima!

Estatuto do Vácuo

quinta-feira, 12 de maio de 2016
Antes de mais nada (e depois de tudo mais), o indivíduo que dá vácuo nas pessoas não tem coração. Mas, contudo, porém, todavia, às vezes eles são necessários em caráter pedagógico punitivo absurdo. Apresento-vos então o Estatuto do Vácuo.

Imagem: http://hypescience.com

Este post é oferecido especialmente a uma amiga que tenho. Falar a verdade, duas amigas. Elas me tiram do sério, e provavelmente eu as tire também. Fazer o que né?!

Então vamos ao estatuto.

Das definições

Vácuo é o espaço de tempo prolongado de silêncio que a pessoa que deveria escrever ou falar alguma coisa dá. Ele tem duração mínima de 10 segundos (dependendo do grau da conversa) e pode durar até dias ou anos. Sério mesmo. Olhe o que nossa equipe flagrou na internet:

Incríveis 4 anos de vácuo

Quatro anos de vácuo. O Orkut até fechou e ele ainda não obteve resposta nenhuma. Bom, percebemos que esse é um vácuo mais institucional, mas o vácuo em voga é o vácuo pessoa A para pessoa B.

 Neste tipo de vácuo, muitas coisas podem estar em jogo. A pessoa B pode não estar interessada em conversar com a pessoa A. A pessoa B pode também estar castigando a pessoa A. Ou pode ser um método de punição pedagógica absurda (PPA).

Das aplicações

Referindo-nos então ao vácuo como PPA, temos as seguintes aplicações, que é só uma mesmo (preguiça sabe?):

1. O vácuo como PPA é dado quando a pessoa faz o que eu disse um milhão de vezes pra não fazer.

Das alternativas

Caso o vácuo não seja aplicado, deverá ser aplicado o textão, também conhecido como textaun. Em muitos casos, ele é mais devastador do que o próprio vácuo, então tenha cuidado ao usá-lo. Falar qualquer coisa com cabeça quente geralmente é algo muito tenso e pode sair palavras que você não quer que saia.

O textão basicamente é um texto grande (só pra esclarecer mesmo).

Das conclusões 

Concluindo, não incentivamos ninguém a praticar o vácuo. Eles são chatos. Mas, se você também é chato, aí tudo bem. Até a próxima!

O que é um blog parado?

quarta-feira, 11 de maio de 2016
Um blog parado é como um cometa que não anda. É como a luz que não ilumina. É como o ar que não se respira. Um blog parado é resquício de passado; é o frio que ocupa o lugar de um furacão.

Imagem: http://www.skyscrapercity.com

Depois dessa minha poesia em saudação ao blog que não pode parar, preciso contar as novidades novas. Como se sabe, claro, aquela pessoa que lia isso aqui, este blog ficou paradão esses dias. A minha meta, que já estava posta, era de publicar todos os dias, menos sábado e domingo, mas a falta de criatividade, vontade, determinação, esperança, etc fizeram com que minha meta não fosse cumprida.

Talvez fosse melhor que eu não tivesse posto meta nenhuma, assim eu atingiria a meta e, consequentemente a dobraria (Roussef, 2015). Eu preciso aprender muito.

Mas não adianta chorar. Pretendo voltar a postar todos os dias, menos nos fins de semana e tentarei seguir um cronograma, sugestão da Dany Limão. Ela fazia isso com o blog dela e estava dando certo. Bom, tentarei criar este cronograma então.

Amanhã mesmo já tenho um texto sobre "vácuo". O que são? Por que eles existem? Por que é aplicado e quais são as regras de um vácuo bem dado? Veja amanhã aqui. Até mais!

A loira da biblioteca

sexta-feira, 6 de maio de 2016
Esse seria apenas mais um conto de terror corriqueiro popular se apenas fosse um conto. Mas não, as frases a seguir retratam com total fidelidade literária fatos presenciados por mim, este narrador bonitão e real que sou.

Uma biblioteca assustadora com o espítito de uma moça
A loira da biblioteca

Era noite. Sempre é noite em contos assim. Isso faz o medo ser maior. Mas quem disse que eu fiquei com medo né? Fiquei não. Eu estagiava na biblioteca da universidade aqui da cidade. Tinha um acervo enorme todinho pra mim. Eu cuidava da organização dele, além de auxiliar as calouras na busca por livros. Eu era bom no que fazia, modéstia a parte. Muitos amores platônicos instantâneos surgiram entre um índice e outro. Notem que fiz um jogo de palavras na frase anterior pra dar um ar mais profissional pra esse conto.

Pois bem, naquela noite as coisas estavam escuras. Chovia. Trovoava. Um cenário perfeito pra qualquer história de terror. Mas eu já estava acostumado com isso. Chuva é o que não falta na cidade, e elas aparecem ou se intensificam principalmente na hora de ir embora, isso é uma coisa a ser estudada.

E nesta hora de despedida dos livros e de uma ou outra caloura que estava ali ouvindo minhas sábias palavras de orientação, senti um vento estranho vindo do sul. Era a janela que estava aberta. Se a chefe visse que eu deixei uma janela aberta perto do acervo de livros numa noite de chuva forte, eu iria levar um belo e feio xingarão. Corri até ela, após dar tchau a moça e tratei de desligar as luzes do local.

Isso era normal. Eu apagava quase todas as luzes, mas deixava algumas acessas para facilitar o trabalho dos vigias que perambulavam pela noite pelos campus. Me dirigi ao balcão, onde as colegas de trabalho já me esperavam atônitas.

- Não quer ir embora não?
- Quero sim! - Respondi, mas na verdade, o assunto tava legal com a Jussara (a caloura que já falei nos parágrafos acima). Bom, provavelmente o nome dela não era Jussara, eu não me lembraria dessa informação. Mas, vamos chamá-la assim.

Fechamos a porta, obviamente depois de termos saído da biblioteca, senão ficaríamos presos lá dentro. Tá prestando atenção, né, caro leitor?

A chuva era intensa. Nos dirigimos para o prédio de medicina, que ficava ao lado da biblioteca, pois lá, bateríamos o cartão de presença. Cartão batido, a chuva aumenta mais. Era um barulho alto demais. Leitor, perceba que estávamos no prédio de medicina. No terceiro andar dali, tinha os cadáveres usados para estudos. Mas isso não me intimidava, embora eu nunca tenha me habilitado a ir nesse andar, pois tenho alergia (oportuna) ao formol.

Definitivamente, ficamos impossibilitados de sair dali, enquanto a chuva caiu com muita vontade. E eis que aparece uma loira tagarela. Sério, uma mulher que aparentava ter seus quarenta anos surge não sei de que corredor lá de dentro e vem ao nosso encontro. Começa a falar. Falava muito! E nós, não ouvindo nada por conta da chuva, apenas acenávamos com um "sim".

A chuva diminui e apostamos em ir pra biblioteca novamente utilizar o telefone da chefe. Saímos correndo e quando ficamos na frente da porta, reparo que as luzes que eu apaguei estavam acesas. Note, a biblioteca era grande, tinha dois andares. Só que no meio dela, havia uma grande área que ocupava os dois andares. As luzes ficavam no alto, no teto. Não sei por qual motivo elas se acenderam, mas por sugestão não democrática, eu fui encarregado de subir no segundo andar pra desligar essas luzes, enquanto uma de minhas colegas se dirigiria ao telefone pra ligar pra mãe dela vir nos buscar.

Eu, como sujeito corajoso, e após vinte apelos delas, subo aquela rampa circular. Até o terceiro passo estava tudo bem, mas faltavam ainda alguns poucos muitos passos até eu chegar ao interruptor. Seria fácil se não fosse difícil. No meio do caminho, havia não uma pedra, mas sim um periódico. Periódico é um local da biblioteca em que ficam guardados os TCCs dos formandos, além de, na nossa biblioteca, ter uma sala onde ficam os arquivos mortos (livros velhos causadores de doenças respiratórias). Há uma lenda, que estou criando agora, que nos periódicos estão guardados todos os sentimentos de dor dos formandos na confecção de seus respectivos TCCs. A cada passo, mais perto eu estava dele, e a lenda se fazia mais presente em meus pensamentos. As portas de acesso, que sempre estão fechadas, nesta hora estavam entreabertas. Eu passei igual um foguete que explode logo o seu lançamento. Cheguei no interruptor, desliguei as luzes novamente e, não querendo estar mais ali, desci correndo, quase voando direto pra porta da biblioteca. Nota: isso não era medo, era apenas eu testando minhas habilidades de correr em ambiente hostil.

Com minhas colegas lá embaixo, ficamos esperando a mãe de uma delas chegar. A chuva diminuía aos poucos. Enquanto isso, lembrei do livro que a Jussara estava procurando naquela noite momentos antes. Era uma obra de Gil Vicente chamada O Auto da Barca do Inferno. Olha o nome da obra. Não sei pra que eu fui lembrar. Interrompendo meus pensamentos, ouvimos a buzina. A mãe da minha colega havia chegado.

Lá fora, desviando da chuva e pisando no barro (eis aí uma sugestão de nome pra próxima novela das sete da Globo), nos dirigimos para o  carro no estacionamento. Chegando perto dele, a mãe da minha colega indaga:

- Vocês vão deixar a moça lá dentro?
- Que moça? - Pergunta espantada a minha colega.
- A loira que está lá perto dos livros.

Olhei, não querendo olhar, para aquelas janelas da biblioteca e torci para que não fosse sugerido não democraticamente de novo que eu voltasse lá para ver se tinha alguém. Era uma loira, e só isso já seria assustador. Mas, naquela noite, a potência do medo estava altíssima. Minha colega volta pra biblioteca, e eu vou atrás, infelizmente. Abrimos a porta e lá do balcão mesmo, gritamos perguntando se não havia  ninguém ali. Felizmente não ouvimos resposta. Se eu ouvisse um "a" qualquer, não ficaria ali pra saber o que aconteceria depois. Voltamos para o carro e seguimos viagem para casa.

Até hoje, não sei ao certo o que aconteceu naquela estranha noite. Mas os fatos parecem ter ligação: Jussara com a obra infernal; a loira misteriosa que apareceu no prédio de medicina e não parava de falar; as luzes da biblioteca que se acenderam sozinhas e a suposta loira que a mãe da minha colega havia visto lá dentro.

Seria essa loira a mesma loira que apareceu pra nós anteriormente e não parava de falar? Eis um mistério que levo comigo a oito anos. Talvez um dia eu tenha a resposta pra tudo isso. Quem sabe...