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Minha primeira vez na estrada

terça-feira, 4 de abril de 2017
Dizem que a primeira vez a gente nunca esquece, mas isso é uma bela de uma mentira. Já esqueci várias primeiras vezes de qualquer coisa. Mas foca no assunto deste post, que é sobre a primeira vez que eu dirigi numa rodovia federal. Então vamos começar.

Este braço não é meu / Imagem: http://www.alagoinhashoje.com

Dia 3 de abril. Fazia um clima agradável em Cascacity, mas uma tragédia estava acontecendo na vida deste cidadão que vos escreve: ele estava sem internet. Vocês sabem que ficar sem internet hoje em dia é como estar sem ar pra respirar. Sem ela, eu posso dar adeus aos jogos, aos vídeos, e pior ainda, aos amigos virtuais e a momolada (tá, eu não tenho, mas é quase).

Passei esse dia todo sem internet. Isso foi realmente triste. Passei a tarde assistindo a filmes que tinham no HD. Porém, numa hora da tarde, meu pai me chama para irmos ao super mercado. Fui, ele dirigiu até lá. Compramos, pagamos, e nos dirigimos ao estacionamento para deixar as compras no carro. Ele me dá a chave, e agora que realmente começa o assunto do nosso texto.

- Vai me dizendo o caminho pelo qual eu tenho que ir! - Disse eu, ainda inseguro com essas ruas de Cascavel, que todo mês muda de direção.

Aqui é assim: a sinalização vertical diz uma coisa, já a vertical diz outra. É coisa de louco. Pois bem, peguei o carro, andei pela Avenida Brasil até chegar ao trevo Cataratas, onde se encontram várias rodovias para conversarem. Geralmente elas falam das cidades vizinhas e reclamam muito dos caminhões obesos, mas isso não vem ao caso agora.

Peguei a BR 277. Não estava muito cheia. Porém, notem: essa estava sendo a primeira vez que eu dirigia numa rodovia. Felizmente, o limite de velocidade era de 70 km/h. Então, embora o carro quisesse correr mais, andei nesse limite, mas logo atrás de mim apareceu um ônibus amarelo. Creio eu que ele estava apertado pra fazer xixi, porque ele estava bem perto de mim, querendo passar.

Eu não correria mais que aquilo. Sou recém formado motorista, não varei as doideiras que os veteranos fazem. Andei calmamente nos meus 70 km/h. Vi o ônibus indo pro acostamento. Vai ver ia fazer xixi ali na beira da estrada mesmo. Porém, logo atrás tinham outros carros na fila. Pensei: esse pessoal não consegue segurar a bexiga mesmo viu. Dois me ultrapassaram (ainda bem que não mostraram o dedo). Já outro me ultrapassou pelo acostamento. Pasmem, era um carro da Receita Federal.

Enfim, alguns quilômetros mais pra frente, entrei numa marginal, depois em outra avenida, outras ruas até chegar em casa.

Entrei saltitante pensando que a internet já teria voltado. Doce engano. Ela só voltou lá pelas 19 horas. Aí o celular começou a notificar como louco. Algumas pessoas acharam que eu tinha morrido; umas comemoraram, faz parte né?! Mas outras ficaram realmente preocupadas. Achei interessante que, mesmo distantes, alguns amigos gostam mesmo da gente.