Hoje, finalmente acabei de ver os 3 filmes de "As Crônicas de Nárnia" e estou emocionado. Que filme lindo! Fotografia, trilha sonora, enredo, tudo! Se você ainda não assistiu ao filme ou leu o livro, recomendo que faça isso. Pretendo ler o livro ainda esse ano.
Mas neste post não falarei do enredo em si. Falarei das emoções que esta trama me trouxe. Acho que já disse em um texto anterior que filmes que têm largas passagens de tempo sempre me emocionam, como, por exemplo, "O homem bicentenário" e "Inteligência Artificial". Em "As Crônicas de Nárnia", a passagem de tempo não é nem o foco, mas há o jogo entre os dois mundos. Londres, ondem vivem os personagens principais e Nárnia, local "mágico" onde toda a trama se passa. Um dos fatores que me emocionou foi o fato de que viver tudo aquilo que os personagens viveram em Nárnia não poder ser vivido outra vez. A impossibilidade deles voltarem para Nárnia (que fica evidente no segundo e terceiro filme) e reverem os amigos que fizeram lá.
Imagem: reprodução. |
Esse simples fato, que talvez muitos nem ligaram, me comoveu muito, pois, inevitavelmente, pensei na passagem da nossa vida. Vivemos mesmo em uma linha reta, sem paralelas, sem curvas, mesmo que pensemos ao contrário disso. Um dia, chegaremos num ponto e quereremos olhar pra trás e reviver algo, mas isso não será possível e nossa memória nos trairá, perderemos rostos, lembranças, sons, cheiros... Enfim, tentaremos lembrar das pessoas com quem vivemos agora e não conseguiremos.
Quando acabei de assistir ao último filme, fiquei com vontade de rever o primeiro. Quis voltar ao início. Mas isso não é possível em nossa vida. Não vou dizer aqui que por isso devemos viver cada dia como se fosse o último, pois creio que muita gente já disse, é assunto batido (e eu concordo com isso). Digo apenas que tenhamos consciência de que a vida é curta e rápida. A porta que hoje está aberta, um dia se fechará. As luzes se apagarão e subirão os créditos finais da sua vida.