Muitos sites têm uma página chamada assim - quem somos? - dedicada a explicar para o visitante qual é o papel de ser desta empresa, ou companhia, ou blog mesmo. Até esse blog tem uma página assim, embora não esteja linkada ainda, nem formatada - eu não soube o que escrever. Também não farei essa nossa apresentação neste post. O intuito dessa escrita é outro e, pra ser mais exato, no singular.
Quem sou? Quem você é? Essa pergunta não é nova e acho que até hoje não encontraram uma resposta definitiva. Eu até acrescento (caso ninguém tenha feito isso ainda) uma outra pergunta: o que é "ser"?
Ser ou não ser, eis a questão, como já dizia João. Sim, sei que a frase é de Shakespeare, mas tenho certeza que muitos Joões já se questionaram sobre isso. O caso é tão grave, que os "criadores" do idioma inglês criaram o verbo "to be", que não distingue o "ser" do "estar", vai tudo num pacote só. Já nós, descendentes do latim, julgamos "ser" o que na verdade "estamos". Eu não sou um estudante, eu estou estudando. Eu não sou namorado, eu estou namorado. Eu não sou blogueiro, eu estou blogando. Se sou algo disso, a culpada é apenas a gramática.
O chefe não é ruim por estar chefe. E o mesmo vale para todos os outros adjetivos. Não podemos adjetivar alguém, pois adjetivos são apenas qualidades (e a falta delas). O "ser" está no sujeito.
Então, quem sou? O que sou? Quem pensam que sou? Esse cara sou eu? Não, Roberto, esse não sou eu. Partindo pro plural novamente, o que ou quem somos talvez não tenha resposta ainda, mas não sabermos dela tem um lado bom: nos livramos e livramos as pessoas do peso único de estado. Antes do que ela está, ela é.
Imagem: http://camillapreta.blogspot.com.br |