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Uma volta na Cidade dos Anjos

domingo, 28 de dezembro de 2014
Já avisando que ainda estamos de férias, mas como disse antes, algumas postagens poderiam surgir neste período, e essa é uma delas. Hoje (na verdade, ontem) assisti, finalmente, ao filme Cidade dos Anjos. Acho que todo mundo já tinha visto, mas como dizem algumas mães, eu não sou "todo mundo". Falando em mundo, o mundo deu 16 voltas no Sol desde a estreia desse filme, em 1998. Mas por que eu assisti só agora??? Vou eu saber...

Imagem: http://muitoalem2013.blogspot.com.br

O que sei, por agora, é que gostei do filme de modo geral. De modo não-geral, tenho uma crítica a fazer, e talvez ela nem seja construtiva, mas me sinto no direito de fazê-la. Lá vai. Que mulher má essa Meg, hein. Ela partiu o coração do anjo. Poxa vida, coitado dele. E pior ainda, fez o cara abrir mão da eternidade pra ela morrer no segundo dia de vida dele. Sei que o maior culpado disso tudo são os escritores. Até copiei o nome deles pra saber quem eu devo processar por "final triste de trama". São eles: Wim Wenders, Richard Reitinger e Peter Handke.

Talvez seja tarde pra um processo. Além do mais, eu já sabia que a Meg morreria. Todo mundo sabia. Mas, mesmo assim, eu esperava um final feliz. A gente sempre espera um final feliz. Pra tudo. Porém, gosto de filmes com finais que me fazem pensar. Neste caso, ficou aquele sentimento de perda. Fico pensando no depois do filme. O que aconteceu com o anjo?? (Desculpem-me, mas não sei o nome do personagem, nem sequer da Meg (esse é o nome da atriz, mas eu estava achando que era da personagem (na verdade, é parecido, mas não sei como se escreve e estou com tantas abas abertas no navegador que, se eu abrir mais uma pra pesquisar, trava tudo))).

Outra reflexão que esse filme me trouxe foi sobre a existência de anjos e o seu papel. Bom, sou cristão. Logo, acredito em Deus e na existência dos anjos. Sei de várias passagens da Bíblia que falam sobre os anjos. Que Deus os põem ao nosso redor para nos proteger. Mas, às vezes, esse mundo espiritual parece ficar tão distante de nós. É como dizem: ter fé naquilo que não podemos ver é difícil. Estou imaginando se tem anjos aqui agora comigo, vendo o que estou escrevendo deles. Será que eles conversam entre eles? Será que algum deles nos acompanham por toda a vida? Especificando mais ainda: sou da Igreja Batista. Logo, não fazemos orações aos anjos nem nada disso. Cremos apenas em Jesus como mediador entre nós e Deus. Estes meus questionamentos são apenas por pura curiosidade.

Quem não é curioso, não é verdade?! Temos um universo tão grande, tanto quanto nossas perguntas. No filme, podemos perceber que a curiosidade do anjo pelos sentimentos humanos (e o amor, é claro) o faz se tornar um humano. E a curiosidade de Meg também ao se questionar sobre o depois da morte também leva ao desfecho da obra. Na últimas cenas dela, quando está andando de bicicleta, com os braços abertos e os olhos fechados (algo que eu não recomendo) demonstra que finalmente ela estava livre das perguntas. Talvez não de todas, mas das quais a atormentava de alguma forma.

Bom, vou parar por aqui, pois já é "tarde da noite" (nossa, acho que agora consegui entender mais precisamente essa expressão). Além disso, a conta de luz tá e vai ficar mais cara, temos que economizar. O que você achou deste filme? Ficou procurando algum anjo depois de assisti-lo?