Quem me conhece, sabe que odeio despedidas. Evito, ao máximo, mudanças. Elas são chatas e desnecessárias. Quando as coisas chegam num ponto bom, neste ponto devem permanecer. Mas isso é apenas o que eu sinto. A vida, querendo ou não, é feita de mudanças e despedidas e temos que estar prontos para elas.
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Não se preocupe, esse post não será dramático (como já o foi outro que escrevi por aqui e outros que escrevia no outro blog). Será mais reflexivo. Proponho que você pense agora na sua época de escola, de um amigo legal que você teve. Se você ainda está na época de escola, tente se lembrar de um amigo que você não tem mais contato. Lembrou?! Provavelmente, você achava que esse seu amigo estaria com você por toda a vida não é verdade?" Talvez até tenha pensado em convidá-lo para ser padrinho de casamento. Estou falando de amigo, mas isso serve também para as amigas. O fato é que hoje você não tem mais contato com essa pessoa. Resta-te apenas as lembranças. As boas lembranças. E é isso que o tempo te faz. Te afasta, mas te faz lembrar das melhores coisas que você viveu.
Tendo feito essa retomada, voltemos ao presente. Você está prestes a passar por uma grande mudança. Talvez uma despedida indesejada se aproxima e o medo a acompanha. É ruim mudar, eu concordo. Bakhtin também (deve até ter escrito algo sobre). Mas, apesar disso, mudanças são necessárias. São as chamadas fases da vida. Algum desocupado deve ter classificado isso (talvez o próprio Bakhtin) e passamos por elas todas até não ter mais nenhuma, culminando com a morte. Deste modo, mudar significa viver. E no final, o que importa de tudo isso é ter vivido bem cada fase.
Quando alguém parte, vai embora e talvez nunca mais volte, por mais triste que isso possa ser, o que importará foi o tempo em que esteve presente. Valeu a pena? Daqui a vinte anos, o que será lembrado disso tudo? Quem foi essa pessoa pra você? Talvez um dia vocês se encontrem e a relação de vocês nem seja mais a mesma, mas o que você terá guardado na memória sobre ela?
É como disse o Clark Kent para Lana Lang em SmallVille: "Se você for embora daqui a dez anos ou amanhã, o mais importante é que está aqui hoje!" É de arrepiar os bits! Uma das poucas coisas úteis que este homem disse. Mas é completamente verdade. O que importa é o tempo presente. Por isso, viva-o com quem está com você. Aproveite ao máximo. Todo tempo é curto demais. E você não terá todo o tempo do mundo.
O tempo passa. Novas pessoas surgirão em sua vida e sairão dela do mesmo modo. Quem vive de passado é museu, como corrobora nossos filósofos da contemporaneidade, Hugo e Tiago. E quem vive do futuro são os videntes. Então, se preocupe com o seu presente (e com o meu presente na data do meu aniversário). E o mais importante, viva bem e guarde na memória as melhores coisas.