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A bendita prova teórica

terça-feira, 8 de novembro de 2016
Após duas semanas e dois dias de aula, onde você aprendeu várias coisas relacionadas ao trânsito, e principalmente aos agentes do trânsito (em especial, você como motorista), é marcada a bendita prova teórica, onde, após responder 30 perguntas de múltiplas escolhas, você fica apto ou inapto para próxima fase. E é deste meu dia de prova que irei falar neste post.

A prova teórica do Detran
A prova teórica do Detran

Confesso que fiquei um tempinho tentando achar uma forma legal de começar esse texto. Bom, então, como não quero ser teórico aqui e dizer quais foram os processos e etc, falarei como foi o dia em que fiz a prova.

Dia 3 de novembro. Um dia calmo na pacata cidade de Cascavel. Fazia calor moderado e mal sabiam os moradores que um ser estava um pouco nervoso. Ele era eu. Que coisa, não? E realmente ninguém tinha nada a ver com isso.

Às 13 horas, pega o ônibus com destino ao Marrocos. Mentira, destino ao Detran (embora seja quase a mesma coisa). No terminal, pergunto ao motorista de um ônibus se aquele parava lá:

- Mas nenhum ônibus para lá... Passa por lá. - Deu vontade de xingá-lo, mas eu não tenho muita prática nisso.

Me falaram o ônibus certo e logo ele chegou. No caminho, com o celular em uma mão no aplicativo de GPS, perguntei pra mulher do meu lado se ela conhecia o bairro. Ela respondeu afirmamente e me indicou o ponto certo para descer.

Chegando lá, quase fim de mundo, adentrei no prédio e aguardei a prova começar sentado numa cadeira ao lado da sala de prova. O local era legalzinho. Existiam as sessão de cadeiras pra quem aguardava a prova e pra quem aguardava tirar a foto. Mais ao lado, alguns biombos onde trabalhavam alguns funcionário. Na sala de prova, estava a pessoa responsável por supervisionar o exame, além de vários computadores equipados para o teste.

Como cheguei cedo, faltando uns 40 minutos para 15 horas, fiquei lá viajando no pensamento. Até que chegou uma loirinha. A princípio, confundi ela com outra pessoa, mas logo se esclareceu. Ela sentou-se ao meu lado e começou a falar. Disse que achava que me conhecia de algum lugar. Ela não me era estranha. Falamos de várias coisas, perguntei a idade dela, o que fazia e pretendia fazer. Falamos de religião, de alguns preceitos bíblicos, do fim dos tempos, dos sinais, das farsas também. Conversamos de tal jeito que parecia que já  nos conhecíamos a tempos. Quem me conhece, sabe como sou um pouco tímido e difícil de conversar, principalmente com quem não conheço.

Conversa vai, conversa vem e a supervisora da prova nos avisa que já poderíamos entrar. Boa sorte desejada e começa a prova.

Estava difícil. Bateu o desespero. Das perguntas que respondi, tinha de 5 a 10 questões que já haviam caído no simulado do Detran. Então, tentei me acalmar. Reli a mesma pergunta várias vezes. Quando terminei, voltei na 1 para rever, corrigir e contar. É, o mínimo que eu deveria acertar era 21, então, fui vendo questão por questão e somando as respostas que eu tinha quase certeza que havia acertado. E, por fim, cliquei em FINALIZAR.

"O resultado está disponível na internet". Apareceu essa mensagem no computador. Levantei-me e fui até onde estava a supervisora para ela me falar a nota.

- Você acertou 26. Parabéns!

Fiquei feliz. A loirinha também foi aprovada e fomos até a saída do prédio comemorando. Depois dei tchau pra mulher que estava cuidando do lugar (acho que era guarda) e pra loirinha e fui embora.

Repararam que eu não disse o nome dela né? Não, não é por privacidade. É que o espertão aqui não perguntou. Não perguntou nome, nem Whatsapp, nem estado civil, nem se ela queria namorar comigo, nem nada. Perdi a oportunidade. apenas. Eu não tenho jeito mesmo.

Mas já bolei um plano (que provavelmente não vai dar certo, mas vamos lá). Na próxima vez que eu a ver (se tiver uma próxima vez), seu nome será a primeira coisa que perguntarei. Logo em seguida afirmarei o seguinte:

- Tive uma revelação: se nos vermos mais uma vez, é porque vamos casar.

Vou direto ao ponto. Meio doido isso. Bom, é pra ser levado na brincadeira, mas vai que dá certo (risos).